domingo, 18 de março de 2012

Despertar

Viver se perguntando, refletindo e se questionando, por vezes dói um pouco... Mas é uma dor que dá por dentro e não passa na hora, ela perdura por um tempo e depois vai embora. Se novamente ponho-me a pensar, me questiono e a dor volta. Minha alma irriquieta está fadada a sentir uma angústia sem fim... Desconheço minha verdade e isso me suga as energias, me deixa desnorteado, sem prumo, nem rumo. Sou digno de pena? Minha condição de ser humano me faz materialista, egoísta, oprimido, opressor, acuado, sem amor, triste. Não! não sou digno de pena e nem você, Narciso!


Se não há caminhos, não há esperança; então vamos viver dessa angústia, é o que nos resta. Se apegamos ao vazio, tentamos burlar nossa própria desgraça, mas não adianta, onde andará tua ajuda santa? É agora que a dor se tornar mais aguda, chega a corroer o peito e a dilacerar  tua alma! O que fazer? o que fará? Felizmente não há como lutar. Não existem armas para combater tua condição, não existe dinheiro que compre tua própria traição. A salvação nunca existiu nem nunca existirá, Praga!


Henrique Ferreira

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