terça-feira, 10 de abril de 2012

O escorpião

"Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
— Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas às vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
— A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.

Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, não é problema nosso... é problema deles."
 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Divina Comédia Humana



Gênio da música brasileira, Belchior! Essa música me traz paz e boas recordações.

Nosso tempo, sem dúvida... prefere a imagem à
coisa, a cópia ao original, a representação à
realidade, a aparência ao ser... O que é sagrado
para ele, não passa de ilusão, pois a verdade
está no profano. Ou seja, à medida que
decresce a verdade a ilusão aumenta, e o
sagrado cresce a seus olhos de forma que o
cúmulo da ilusão é também o cúmulo do
sagrado.

Feuebach

O Impossível


Ah! essa vida de minha infância, o largo caminho sobre qualquer tempo, sobrenaturalmente sóbrio, mais desinteressado que o melhor dos mendigos, orgulhoso de não ter pátria, nem amigos, que idiotice! - E somente agora o compreendo.- Tive razão ao desprezar esses bons sujeitos que não perderiamocasião de uma carícia, parasitas do asseio e da saúde de nossas mulheres, hoje que elas tão pouco se entendem conosco.Tive razão de todos os meus desprezos: por isso me evado! Evado-me? Eu me explico.Ainda ontem suspirava: "Céus! somos tantos os condenados cá embaixo! Quanto a mim faz tanto tempo que pertenço a essa legião!Conheço-os um por um. Aliás nos reconhecemos sempre; detestamo-nos. Ignoramos a caridade Somos, porém, corteses;nossas relações com o mundo corretíssimas". É assombroso. O mundo! Os mercadores, os ingênuos! - Não estamos desonrados. -Mas os eleitos, como nos receberiam? Pois há criaturas intratáveis e joviais, os falsos eleitos, posto que necessitemos audácia ou humildade para abordá-las. São os únicos eleitos. Não são os abençoadores!Ao recobrar dois cêntimos de razão, - isso passa logo!- constato que os meus males vêm de não haver a tempo refletido que estamos no Ocidente. Os pântanos ocidentais! Não que acredite alterada a luz,gasta a forma, desviado o movimento... Bom! Eis que meu espírito quer a todo o transe ocupar-se com todos os desenvolvimentos cruéis que sofreu o espírito desde a morte do Oriente... Meu espírito assim o quer!...Acabaram-se os dois cêntimos de razão! O espírito é autoridade,ele exige que eu permaneça no Ocidente. Seria preciso fazê-lo calar para eu terminar como desejara.Mandava ao diabo as palmas dos mártires, os esplendores da arte, o orgulho dos inventores, o ardor dos salteadores; retornava ao Orientee à sabedoria primitiva e eterna. - Até parece um sonho de grosseira preguiça! Todavia, não pensava na delícia de escapar aos sofrimentos modernos. Não tinha em mira a sabedoria bastarda do Alcorão. -Mas não é um suplício real depois desta declaração da ciência, que o cristianismo, o homem se engane, se prove evidências, infle deprazer ao repetir essas provas e só assim viva? Tortura sutil, nécia; fonte de minhas divagações espirituais. Talvez a natureza pudesse aborrecer-se! O Sr. Sabe-Tudo nasceu com o Cristo.Não será isto porque cultivamos a bruma? Ingerimos febre com os nossos legumes aquosos. E a embriaguez! O tabaco! e a ignorância eas dedicações! - tudo isto está muito distante do pensamento da sabedoria do Oriente, a pátria primeira? Para que um mundo moderno, se tais venenos se engendram?Argumentarão os homens da Igreja: "Está certo. Mas queres ter e ferir ao Éden. Ora, nada conclui a teu favor na história dos povos orientais". - Mas é isso mesmo; é ao Éden que me refiro! Que significa para o meu sonho, esta pureza das raças antigas!E os filósofos: "O mundo não tem idade. A humanidade desloca-se tão somente. Estás no Ocidente, livre porém de habitar o teu Oriente, por mais antigo que o desejes - e de aí habitar a teu bel prazer. Não sejas um vencido". - Filósofos, vós pertenceis ao vosso Ocidente.Espírito meu, cautela. Abandona os meios violentos de salvação. Exercita-te! - Ah! a ciência não anda assaz ligeira para nós.- Mas compreendo que meu espírito dorme.Se estivesse sempre desperto, a partir deste instante, alcançaríamos logo a verdade que provavelmente nos rodeia com seus anjos em pranto!... - Se até agora tivesse estado desperto, seria porque não havia cedido aos instintos deletérios numa época imemorial!...- Se houvesse estado sempre desperto, eu vogaria em plena sabedoria!...Ó pureza! pureza!É este minuto de vigília que me revelou a visão da pureza! - Pelo espírito vai-se a Deus!Dilacerante infortúnio!


Rimbaud

segunda-feira, 2 de abril de 2012


"Antigamente, se bem me lembro, minha vida era um festim no qual todos os
corações exultavam, no qual corriam todos os vinhos"

"A quem me alugar? Que besta é preciso adorar? Que santa imagem
atacar? Que corações destruirei? Que mentira devo sustentar? Sobre
que sangue caminhar?"

domingo, 1 de abril de 2012

"Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível.
Fixava vertigens.
Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas.
Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novos idiomas"